sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os Tupis

Mulher Suiá desfiando o algodão no fuso primitivo



Mulheres Comoiurã executando danças preliminares
para festa do Yamurikumã

Mulher indígena, pertencente  ao povo Uaiká,da tribo Xamatautéri

No caso da América lusa, era de aproximadamente 5 milhões, de indivíduos, espalhados pelo imenso território brasileiro e que num primeiro momento não oferecem grande resistência ao colonizador europeu. Isso porque os brasilíndios, acreditavam  que os portugueses ou perós, (forma corrompida de pedro, pois na época pedro se chamava pero). eram os descendentes do deus Meire Humane ou sumé, ou Zumé como já disse em uma postagem anterior. A Religião dos Tupinambás, que eram divindades que haviam criado ou dado início à civilização indígena (Meire Humane e Pae Zomé — mito ameríndio comum em toda a América Meridional), daí não atacar inicialmente os portugueses 

Classificação:  A primeira classificação dos indígenas  foi feita pelos jesuítas baseada na língua e na localização, . Os que habitavam o litoral (os tupis), foram chamados índios de língua geral e os que viviam no interior (tapuias), índios de língua travada.  No século XIX, o estudioso, alemão,  Karl von den Stenien, apresentou a primeira  classificação científica dos indígenas brasileiros  divididos em quatro grandes grupos básicos ou nações: tupis-guaranis, jês ou tapuais,  naruaques  ou maipurés  e caraíbas e quatro grupos menores: goitacás,panos, miranhas e guaicurus.

A Organização dos povos Indígenas do Brasil

O estágio de desenvolvimento cultural indígena brasileiro era atrasado, não apenas em relação ao  branco europeu, como em relação a outros povos pré-colombianos mais avançados, como os incas e os astecas. mesmo entre os índios brasileiros não há homogeneidade, por suas variadas culturas e nações.
os brasilíndios, tinham como organização básica  a aldeia ou taba  formado pelas ocas ou malocas dispostas em circulo ou ferradura, ou ainda una taba constitua de uma unica habitação coletiva (variava de acordo com nação ou grupo indígena), onde viviam as famílias. O governo era exercido por conselho - nheengaba-, formado pelos mais velhos, e só em época de guerra  escolhiam um chefe,  o cacique ou morubixaba. Além de praticar a caça, a pesca, a coleta  de frutos e raízes, desenvolviam a agricultura de subsistência  com o cultivo de mandioca, milho e do tabaco, valendo-se para isso de técnicas rudimentares, como a queimada ou a coivara. os casamentos eram endogâmicos, isto é   entre pretendentes de uma mesma tribo ; a sucessão se dava pela linha paterna e a poligamia era permitida, embora pouco frequente. A mulher, mera procriadora, tinha um papel secundário, mesmo na divisão de trabalho, em que cuidava das plantações, da coleta de frutos, do preparo dos alimentos, e por fim das crianças.  Eram politeístas e animistas, vinculando sua divindades á natureza , e mesmo a pratica  da antropofagia tinha um caráter ritual. Utilitaristas,  produziam utensílios de  cerâmica, de madeira,  e de palha, sempre para o uso do cotidiano.

O avanço da Colonização e a resistência

Os primeiros contatos entre portugueses e indígenas podem ser considerados amistoso. Aos índios, atribui-se o espírito  de colaboração quando o extrativismo do pau-brasil  e de docilidade diante da ação conversora dos jesuítas. Sua belicosidade ficava por conta da guerra entre si, na defesa de territórios da tribo ou nas primeiras guerras que os portugueses moveram contra os invasores estrangeiros. Caso de luta contra a França Antártica, quando os portugueses, foram apoiados pelos temiminós,  para derrotar os franceses aliados por tamoios. A partir do século XVI, ficava claro que o branco português representava a colonização  e era portanto, o verdadeiro inimigo. A ação dos religiosos em especial nos grandes aldeamentos (missões)
era distribalização. Já ação do colono nada mais era do que nada mais é que a expropriação  territorial e a escravidão. Para o europeu o índio  tinha significados diferentes: Para o jesuíta, era um meio da propagação da fé e de fortalecimento da Igreja Católica ;  para o colono  ele era a terra e o trabalhador : livre no extrativismo da Amazônia ou na pecuária, e escravo, nas regiões mais pobres ou nos engenhos, quando se obstruía o tráfico negreiro. Assim, o indígena não restou outra opção  se não a resistência armada  e desigual, contra um inimigo que já dominava as armas de  fogo. Alguns momentos dessa luta foram marcados pela proibição da escravidão vermelha. Exemplo disso foi o ato do papa Paulo III, de 1537, que pela primeira vez
declarava ilícita  a  exploração do trabalho indígena. Seguiram-se outros no mesmo sentido, sempre apoiado pelos jesuítas, e derespeitados pelos colonos, com a chamadas  guerras justas - uma  exceção previa na legislação que se atribuía sempre  ao índio a primeira agressão. Além da Abertura legal, os colonos contavam com as rivalidades entre tribos, que impediam a formação de alianças contra o inimigo comum. No século XVIII,  o Marquês de Pombal aboliu a escravidão indígena  O decreto de 1755 dava liberdade absoluta ao índio, equiparando-se a mesma condição de um colono, e suprimia  o poder dos jesuítas sobre as missões. Contundo, ainda no século XX,  eram decretadas as "guerras justas", prosseguindo assim  a ação devastadora do branco, dizimando tribos inteiras e destruindo a cultura indígena. Atualmente a população de índios brasileiros, agora denominados  povos da floresta, esta reduzida a menos de 200 mil indivíduos a maior parte desenraizada e sem identidade cultural.

FONTE: LIVRO 20, COLEÇÃO OBJETIVO, HISTÓRIA INTEGRADA paginas: 17-19

Nenhum comentário:

Postar um comentário